Este blog tem como objetivo expor os diversos assuntos relacionados a fisioterapia, promover discussão destes e principalmente aproximar estudantes de fisio e profissionais fisioterapeutas, em troca de conhecimentos!



quarta-feira, 16 de março de 2011

Alguns termos técnicos comuns



Afagia - incapacidade de deglutir
Afasia - incapacidade de falar
Algia - dor
Alodinia - estímulos não dolorosos causam dor
Analgesia - perda ou ausência da sensibilidade à dor
Anasarca - edema generalizado
Anisocoria - pupilas com diâmetros diferentes entre si
Ascite - acúmulo de liquido na cavidade abdominal
Astenia - fraqueza muscular sem perda de força muscular
Apnéia - suspensão voluntária ou involuntária da respiração
Bradipnéia - diminuiçao da frequência respiratória
Caquexia - desnutrição aguda; grau extremo de enfraquecimento
Diplopia - Visão dupla
Disfagia - dificuldade de deglutir
Disfasia - dificuldade para falar
Dispepsia - desconforto digestivo
Dispnéia - falta de ar, desconforto respiratório
Edema - retenção de líquido no espaço intersticial
Enterorragia - hemorragia intestinal
Epistaxe - sangramento nasal
Eupnéia - respiração normal
Eritema - vermelhidão na pele
Flictema - bolhas na pele
Hipopnéia - diminuição do volume corrente
Hiperpnéia - aumento do volume corrente
Hiperventilação - aumento da ventilação alveolar
Hipoventilação - diminuição da ventilação alveolar
Hematêmese - vômito de sangue
Halitose - mau hálito
Hematúria - sangue na urina
Hemotórax - sangue na cavidade pleural
Hidrotórax - líquido na cavidade pleural
Isocoria - igualdade no diâmetro das pupilas
Midríase - dilatação da pupila
Miose - constrição da pupila
Neurite - inflamação de nervos
Nistagmo - movimento involuntário do globo ocular
Ortopnéia - dispnéia em decúbito
Platipnéia - dispnéia em posição ortostática
Paresia - perda parcial da motricidade
Parestesia - alteração da sensibilidade
Pirose - ardor na região epigástrica
Prurido - coceira
Ptose palpebral - queda da pálpebra
Sialorréia - aumento da secreção salivar
Taquipnéia - aumento da frequência respiratória

domingo, 13 de março de 2011

O Tônus Muscular e suas Características


O tônus muscular é um estado de tensão permanente do músculo estriado, mesmo quando em repouso, ou por outras palavras, é a resistência encontrada ao movimento passivo dos membros.
Existem três reflexos essenciais que explicam a existência do tônus muscular:

1º - reflexo miotático da extensão

Sempre que existe um estiramento muscular, os receptores intrafusais do fuso são estimulados, enviando sinais pelas fibras aferentes IA até a medula, onde as fibras se conectam com o motoneurônio α,  promovendo a contração muscular, evitando assim o estiramento muscular excessivo.

2º - reflexo miotático inverso

Sempre que existe um aumento da tensão muscular, os receptores do órgão tendinoso de golgi sao estimulados, enviando sinais pelas fibras aferentes IB até a medula, onde as fibras se conectam com dois interneurônios, um que irá inibir o motoneurônio α do músculo agonista e outro que irá ativar o motoneurônio α do músculo antagonista, evitando assim a contração excessiva do músculo agonista.

3º - reflexo de encurtamento

Ainda hoje não totalmente compreendido, consiste numa contração muscular reflexa à medida que o músculo vai se aproximando dos seus pontos de inserção, sendo então notado a partir de um determinado ângulo de flexão da articulação.

Dentro dos distúrbios do tônus, podemos encontrar então a hipertonia, hipotonia, distonia e paratonia.

Hipertonia

A hipertonia corresponde ao aumento da resistência ao movimento passivo das articulações. Poderá ter origem piramidal, nesse caso chama-se espasticidade, onde os motoneurônios γ deixam de ter influência inibitória da via piramidal.

A espasticidade e suas peculiaridades:

- predomina nos músculos flexores e pronadores dos MMSS e nos músculos extensores dos MMII;
- sensível a velocidade do movimento passivo, sendo facilmente notada quando aplicado movimento brusco;
- não é homogênea no decurso do movimento, ou seja, aumenta à medida que estiramos ou contraímos o músculo (por aumento patológico do reflexo miotático da extensão);
- poderá ainda ceder quando se aproxima do final do movimento (o reflexo miotático inverso, íntegro, ativa o músculo antagonista).

*** a espasticidade encontra-se normalmente associada a déficit de força muscular, hiperreflexia e sinal de babinsky

A hipertonia poderá ser de origem extrapiramidal, chamando-se nesse contexto, rigidez (aqui não só existirá uma desaferentação do sistema γ, livre da inibição extrapiramidal, como também haverá um exagero patológico do reflexo de encurtamento).

A rigidez e suas características:

- não exerce um predomínio óbvio entre extensores e flexores, sendo igualmente notada em ambos movimentos, embora possa ter um predomínio axial;
- é homogênea durante o movimento passivo e não se altera com a velocidade imposta;
- poderá esboçar um fenômeno de roda dentada.

*** a rigidez encontra-se associada normalmente a bradicinesia, estando a força muscular e os reflexos mantidos

Podemos ainda ter formas menos comum de hipertonia, como é o caso da rigidez em descerebração e descorticação, contraturas antálgicas onde se inclui a rigidez meníngea, rigidez tetânica, etc.

Já a distonia pode ser vista como um aumento patológico do reflexo de encurtamento, estando o reflexo miotático da extensão preservado, e portanto, não existe um aumento da resistência ao movimento passivo. Finalmente, a paratonia presume lesão cerebral difusa, com especial predominância nos lobos frontais. característico na paratonia é o fato de parecer voluntária, embora na verdade não seja, poderá assumir caráter inibitório ou facilitatório.

Hipotonia

Será a diminuição ou ausência da resistência ao movimento passivo de uma articulação, pode ser de origem neuropática, radicular, medular ou muscular. Logo, a neuropatia diabética, a tabes dorsalis, a secção medular por trauma ou a distrofia muscular, poderão promover hipotonia.
A lesões corticais ou medulares aguda (choque cerebral ou choque medular) promovem a hipotonia numa primeira fase. Só depois se instala a hipertonia.

***Normalmente acompanhada de hiperextensibilidade, perda de força muscular, atrofia e/ou fasciculações e hiporreflexia.




Resumindo ...

o tônus muscular é consequência de reflexos que atuam ao nível do arco reflexo, permitindo uma harmonia de movimento entre músculos agonistas e antagonistas tanto na postura como na participação em movimentos associados e, evitando contrações ou estiramentos excessivos.
A hipertonia implica normalmente uma lesão supramedular da via piramidal ou extrapiramidal, assumindo respectivamente a forma de espasticidade ou rigidez.
A espasticidade atinge seletivamente grupos musculares ,não é homogênea e aumenta com a brusquidão do movimento; poderá ter fenômeno em navalha e está normalmente associada a hiperrreflexia, déficit de força muscular e sinal de babinsky.
Já a rigidez atinge igualmente flexores e extensores, podendo ter um predomínio axial, é homogênea e não é sensível a velocidade de movimento imposta; poderá ter associadamente fenômeno em roda dentada e está normalmente associada bradicinesia e perda de movimentos associados, preservando a força muscular e os reflexos.
A paratonia, que pode ser facilitatória ou inibitória, presume lesão cerebral difusa.
A hipotonia presume normalmente ou uma lesão do arco reflexo medular, havendo neste caso hiporreflexia e perda de força muscular associadas, ou então uma lesão extrapiramidal ( coréia ) ou cerebelar, estando preservadas a força muscular e os reflexos nestas situações.

sábado, 12 de março de 2011

LER/DORT - Fisioterapia na Saúde do TRABALHADOR




As LER/DORT são típicas de trabalho instenso e repetitivos, a fisioterapia nas LER/DORT é uma publicação que de certa forma, além de subsidiar os fisioterapeutas, busca também preparar a sociedade de forma a garantir que o trabalho "não deve doer", mas sim ser fonte de qualidade de vida.

LER (lesões por esforço repetitivo) uma terminologia que descreve as afecções que atingem tendões, sinóvias, fáscias, músculos, nervos e ligamentos, de forma isolada ou associada, com ou sem degeneração de tecidos. A expressão LER foi substituída por DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), mesma assim a terminologia LER continua sendo aceita em função da sua difusão.

LER/ DORT são lesões causadas por esforços repetitivos, que se instalam insidiosamente em determinados segmentos do corpo, em consequência de trabalho realizado de forma inadequada.

Dentre os fatores de risco destacam-se aspecto postural funcional, ou seja, má postura associada a baixa força e resistência muscular; trabalhos repetitivos e monótonos; obrigatoriedade em manter um ritmo de trabalho acelerado; excesso de horas de trabalho e ausência de pausas; as condições locais de trabalhos que façam com que o profissional adote posturas inadequadas para se relacionar no ambiente; inabilidade técnica no desempenho laboral, além do estresse emocional do dia-a-dia que sobrecarrega todo o corpo.

Perante um paciente que apresenta um quadro álgico relacionado a doenças de trabalho, a prescrição de analgésicos e antiinflamatórios, imobilização do segmento acometido e instituição de tratamento fisioterápico, não é o bastante sem a análise e eliminação dos ditos fatores que desencadearam ou promoveram a manutenção do quadro.
  Como todo processo de prevenção, as afecções causadas pelo uso inadequado do corpo, necessitam passar por um processo informativo e educativo, didaticamente a prevenção se dá através de alterações com base no vetores desencadeantes das LER/DORT, ou seja, adequação no ambiente de trabalho, e em cenário nacional a fisiotepira por se tratar de uma profissão de atuação clínica e funcional, vêm ocupando o espaço que lhe é de direito.